quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Imagem e autoestima: O poder de ser único.

“Ao longo da vida todo mundo enfrenta situações de aceitação e rejeição, e grande parte de nossas ações e atitudes, é motivada pela tentativa de promover a aceitação e eliminar a rejeição. Quanto mais a pessoa se sente aceita, maior é sua autoestima. Há vários modos de se conseguir isso: pela personalidade, físico, intelecto, pelas ações ou conquistas. E a imagem pessoal deve refletir o que é específico a cada um.


A construção de uma imagem pessoal positiva começa pela definição da identidade, revelando características autênticas e admiráveis da personalidade e do temperamento. É preciso sentir-se bem com a aparência do rosto, sede da expressão da identidade, refletida no espelho; dar valor ao que se vê. Por exemplo, a imagem que expressa leveza e alegria, quando o que se deseja é passar força e credibilidade, por mais bonita que seja, abaixará a autoestima. Por isso, antes de tudo, é essencial que se reflita sobre si mesmo e o que se deseja expressar. Quando se consegue isso, a pessoa se sente única e especial e percebe que autoestima não depende de ter muito dinheiro, um talento especial ou proporções perfeitas. É o poder de ser único.


A imagem deve expressar conteúdo, que precisa ser algo valorizado pelas pessoas com quem se convive, senão provocará rejeição. Isso é compreendido emocionalmente, por meio da percepção das linhas, formas e cores, elementos visuais chamados de símbolos arquetípicos, que formam a linguagem mais primitiva do homem. Disparam os sistemas básicos de sobrevivência – defesa, poder, reprodução, perda e bem-estar – que funcionam na área límbica do cérebro e produzem emoções.


A forma também precisa ser admirável. O domínio dos princípios de harmonia e estética garante que a imagem seja visualmente agradável, bonita. O que é percebido como antiestético é rejeitado, assim como sinais de fraqueza e

de doença. A pessoa precisa sentir-se saudável, vigorosa e com poder de interferir no seu meio e apresentar todos os sinais de saúde. Pele boa, cabelos brilhantes, dentes fortes e olhos vivos são elementos que atraem e, consequentemente, promovem a autoestima.


A imagem que chama a atenção e os olhares de admiração, aumentando a autoestima, precisa integrar conteúdo (qualidades), harmonia e estética (o bonito) e saúde. É criar uma identidade própria na imagem e, com isso, sentir-se belo.”


Philip Hallawel, visagista e artista plástico, autor do livro Visagismo: harmonia e estética (Editora Senac-SP)

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